Meimei
Homenageada
por tantas casas espíritas, que adotam
o seu nome; autora de vários livros
psicografados por Chico Xavier, entre
eles: "Pai Nosso", "Amizade", "Palavras
do Coração", "Cartilha do bem", "Evangelho
em Casa", "Deus Aguarda", "Mãe" etc...
e, no entanto, tão pouco conhecida
pelos testemunhos que teve de dar
quando em vida, Irma de Castro - seu
nome de batismo - foi um exemplo de
resignação ante a dor, que lhe ceifou
todos os prazeres que a vida poderia
permitir a uma jovem cheia de sonhos
e de esperanças. Nascida em 22 de
outubro de 1922, na cidade de Mateus
Leme, MG, transferiu residência para
Belo Horizonte em 1934, onde conheceu
Arnaldo Rocha, com quem se casou aos
22 anos de idade, tornando-se então,
Irma de Castro Rocha. O casamento
durou apenas dois anos, pois veio
a falecer com 24 anos de idade, por
complicações generalizadas devidas
a uma nefrite crônica.
A
Origem da Doença
Durante toda a infância Meimei teve
problemas em suas amígdalas. Tinha
sua região glútea toda marcada por
injeções. Logo após o casamento, voltou
a apresentar o quadro, tendo que se
submeter a uma cirurgia para extração
dessas glândulas. Infelizmente, após
a operação, um pequeno pedaço permaneceu
em seu corpo, dando origem a todo
o drama que viria a ter que enfrentar,
pois o quadro complicou-se com perturbações
renais que culminaram com hipertensão
arterial e craniana.
O
Sofrimento
Devido à hipertensão, passou a apresentar
complicações oculares, perdendo progressivamente
a visão e tendo que ficar dia e noite
em um quarto escuro, sendo que nos
dois últimos dias de vida já estava
completamente cega. Durante os últimos
dias de vida, o sofrimento aumentou.
Tinha de fazer exames de urina, sangue
e punções na medula, semanalmente.
Segundo Arnaldo Rocha, seu marido,
Meimei viveu esse período com muita
resignação, humildade e paciência.
A
Desencarnação
Os momentos finais foram muito dolorosos.
Seus pulmões não resistiram, apresentando
um processo de edema agudo, fazendo
com que ela emitisse sangue pela boca.
Seus últimos trinta minutos de vida
foram de desespero e aflição. Mas,
no final deste quadro, com o encerramento
da vida física, seu corpo voltou a
apresentar a expressão de calma que
sempre a caracterizou. Meimei foi
enterrada no cemitério do Bonfim,
em Belo Horizonte.
Surge
Chico Xavier
Aproximadamente cinqüenta dias após
a desencarnação da esposa, Arnaldo
Rocha, profundamente abatido, acompanhado
de seu irmão Orlando, que era espírita,
descia a Av. Santos Dumont, em Belo
Horizonte, quando avistou o médium
Chico Xavier. Arnaldo não era espírita
e nunca privara da companhia do médium
até aquele momento. Quase dez anos
atrás haviam-no apresentado a ele,
muito rapidamente. Ele devia ter pouco
mais de doze anos. O que aconteceu
ali, naquele momento, mudou completamente
sua vida. E é ele mesmo quem narra
o ocorrido: "Chico olhou-me e disse:
"Ora gente, é o nosso Arnaldo, está
triste, magro, cheio de saudades da
querida Meimei"... Afagando-me, com
a ternura que lhe é própria, foi-me
dizendo: "Deixe-me ver, meu filho,
o retrato de nossa Meimei que você
guarda na carteira." E, dessa forma,
após olhar a foto que Arnaldo lhe
apresentara, Chico lhe disse: - Nossa
querida princesa Meimei quer muito
lhe falar!" E, naquela noite, em uma
reunião realizada em casa de amigos
espíritas de Belo Horizonte, Meimei
deixou sua primeira mensagem psicografada.
E, com o passar dos anos, Chico foi
revelando aos amigos mais chegados
que Meimei era a mesma Blandina, citada
por André Luiz na obra "Entre a Terra
e o Céu" (capítulos 9 e 10), que morava
na cidade espiritual "Nosso Lar";
disse, também, que ela é a mesma Blandina,
filha de Taciano e Helena, que Emmanuel
descreve no romance "Ave Cristo",
e que viveu no terceiro século depois
de Jesus.
Enfim,
para concluir, resta apenas dizer
que "Meimei" era um apelido carinhoso
que o casal Arnando-Irma passou a
usar, após a leitura de um conto chamado
"Um Momento em Pequim", de autor americano.
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